GRAFFITI FEMINISTA
Conhecida como
"Anarkia Boladona" - Anarkia,
por não seguir padrões, e Boladona, na gíria carioca que diz respeito a uma
pessoa contestadora - Panmela Castro ganhou popularidade ao fazer das paredes
das ruas cariocas um painel para expressar suas opiniões sobre temas sociais e
tabus que envolvem o universo feminino.
O talento da jovem
de 30 anos foi reconhecido inicialmente pelo padrasto. Na quinta série ela foi
homenageada pelos seus trabalhos. Mais tarde, estudou no Liceu de Belas Artes,
onde cursou Publicidade e Propaganda. Ao mesmo tempo em que aprimorava ainda
mais seus conhecimentos de desenho, Panmela pixava as paredes, levando as
pessoas que viam seus desenhos a enxergarem o mundo de maneira menos passiva.
Em 2008, Panmela
criou o projeto "Grafiteiras pela Lei Maria
da Penha", a convite da ComCausa, uma ONG de direitos humanos da Baixada
Fluminense.
Panmela é Bacharel
em Pintura pela prestigiada Escola de Belas Artes da Universidade Federal do
Rio de Janeiro e hoje cursa o Mestrado em Artes da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro. Recebeu inúmeros reconhecimentos, incluindo o Prêmio Hutúz como
grafiteiro da década, o DVF Awards e o Vital Voices Global Leadership Awards na
categoria de direitos humanos, pintou cidades como Berlin, Paris, Nova York,
Praga, Toronto, Stambul e Johanesburgo, além de ter trabalhado com importantes
organizações como Organização dos Estados Americanos, Fundação Rosa Alemão
Luxemburgo e a Academia Brasileira de Letras. Em 2012 foi eleita junto com a
Presidenta Dilma Russef pela prestigiada revista Newsweek como uma das 150
mulheres que estão bombando no mundo. Panmela é integrante da Articulação de
Mulheres Brasileira e é idealizadora, fundadora e presidente da Nami Rede
Feminista de Arte urbana que pretende criar um intercâmbio de idéias promovendo
os direitos humanos e fortalecendo o trabalho artístico, intelectual e
profissional de mulheres que possuem como ponto de partida a cena urbana.
Panmela castro
Um de seus graffitis pedindo para denunciar a agressão em mulheres
Graffiti pela igualdade feminista, no qual as libélulas representam a liberdade
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